EM HOTEL RUANDA ... Ministro da Administração Local do
Ruanda , James Musoni, felicita
a Agência Adventista de Desenvolvimento e
Socorro durante o 35º aniversário no sábado 19 de outubro, em Kigali. "Em
nome do Governo do Ruanda, e em meu nome, agradeço à ADRA Internacional para o
financiamento e apoio programático para ADRA Ruanda, o que nos permite celebrar
35 anos hoje", disse Musoni .
A cerimónia foi realizada no Hotel des Mille Collines , onde
cerca de 1.270 pessoas participaram, especialmente, refugiados durante o
genocídio de 1994, como é retratado no filme " Hotel Ruanda ".
Outros participantes da cerimónia incluiu Jonathan Duffy,
presidente da ADRA; Wally Amundson, que fundou o que é hoje ADRA Ruanda, e Carl
Wilkens, diretor da ADRA Ruanda em 1994, que abandonar o país, a fim de
assegurar a sobrevivência de muitas pessoas. O Seu livro "Eu não vou sair
" é a primeira coisa que os visitantes vêem quando entram na loja de
presentes no Museu do Genocídio de Ruanda. [foto : ADRA Ruanda]
Texto Bíblico: e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha
na cabeça, e na mão direita uma cana, e ajoelhando-se diante dele, o
escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, tiraram-lhe a
cana, e davam-lhe com ela na cabeça. (Mateus 27:29 e 30)
Observação: A melodia deste hino foi harmonizada por Johann
Sebastian Bach (1685-1750) em 1729 e utilizada como coro central da Paixão
Segundo S. Mateus
Um poema do séc. XIV, Salve Mundi Salutari,(Salve Aquele que
Salva o Mundo), foi atribuído a Bernard de Clairvaux. Originalmente compunha-se
de sete meditações extensas sobre o corpo de Cristo pendurado na cruz: seus
pés, joelhos, mãos, lados, peitos e coração. A sétima parte, Salve caput
cruentato,( Salve, Cabeça Ensangüentada) se focalizou na cabeça de Cristo,
coroada de espinhos.
Esta parte do poema chegou até nós através de um longo
caminho. Paul Gerhardt, considerado o maior poeta luterano desde Lutero,
adaptou esta sétima seção para o Alemão em 1656, criando O Haupt voll Blut und
Wunden (Oh, Cabeça Ensangüentada e Ferida), hino de dez estrofes. Unido com a
inesquecível melodia de Hans Leo Hassler na Coletânea Práxis Pietatis Mélica (A
Prática Harmoniosa da Piedade) de Johann Cruger, o hino ganhou fama. Muitos
hinistas ingleses, traduziram-no, mas foi James Alexander Waddell (1804-1859),
hinista e pastor presbiteriano americano, que realmente fez viver a versão de
Gerhardt no inglês. Esta versão inglesa foi traduzida para o português em 1950
pela cuidadosa mão do Professor Isaac Nicolau Salum. (ver H.A. nº 49).
“Este é um hino profundamente devocional, que requer uma
aplicação muito pessoal da morte redentora de Cristo, por relembrar seu
sofrimento e morte cruel na cruz”.Nele o cristão reconhece que foi o seu pecado
que pôs Cristo na cruz, e foi por amor a ele que Cristo sofreu ali. Este
reconhecimento traz conforto e uma confissão de gratidão e dedicação a Cristo
seja seu refúgio, guia e luz, sabendo que assim viverá e dormira em paz.
O ilustre compositor luterano Hans Leo Hassler 1564-1612),
nascido em Nuremberg, Alemanha, fez seus primeiros estudos com seu pai Isaac
Hassler. Desde muito cedo mostrou-se muito competente ao órgão. Depois de
estudar com o grande organista e compositor Andréa Gabriele em Veneza,
tornou-se organista, e subseqüentemente diretor de música da casa dos Fugger,
abastados comerciantes e banqueiros. Em 1601, aceitou o cargo de organista na
igreja Frauenkirche, em Nuremberg e, em 1608 foi escolhido organista e músico
na corte de Christian II, Eleitor da Saxônia, permanecendo nesta posição até
sua morte. Hassler publicou obras para órgão, madrigais, litanias,
motetos,sacros e dois hinários, mas esta melodia, pela qual ele é mais
lembrado, foi composta em 1601 para uma letra secular. Já em 1613 apareceu como
melodia para um hino ainda cantado na Alemanha, na coletânea Harmoniai Sacrai (
Harmonias Sacras), seguindo o preceito de Lutero que “o demônio não deve
monopolizar as melhores melodias”. Em 1656 foi unida com esta letra de Gerhadt,
e desde então associada a ela. Este Choral (hino) alemão aparece cinco vezes na
Paixão de São Mateus, de Johann Sebastian Bach (1729), e sua melodia recebeu o
nome de PASSION CHORAL.( Hino da paixão).
A versão desta melodia é uma combinação das harmonizações de
Johann Sebastian Bach, um dos maiores músicos de todos os tempos e membro de
uma das famílias musicais mais destacadas em todo o mundo. Ao todo, Bach
harmonizou um total de 371 Chorales (hinos protestantes alemães), fazendo deles
o verdadeiro centro da sua imperecível obra.
Há amplas fontes de informação sobre este gênio musical.
Todavia, a riquíssima herança de música sacra deixada por este cristão dedicado
merece nossa atenção aqui. Nascido em Eisenach, Alemanha, em 21 de março de
1685, estudou nas escolas corais de Ohrdruf e Lüneburgo. Aprendeu a tocar
órgão, violino e viola (seu instrumento predileto). Copiava e estudava
cuidadosamente a música dos mestes. Aproveitou todas as oportunidades de ouvir
e aprender de outros mestres, mesmo com grande sacrifício. Depois de servir em
duas posições por curtos períodos, passou o resto da sua vida em três cidades;
Weimar (1708-1717), Cöthen (1718-1723), e Leipzig (1723-1750). Bach compunha
constantemente, mesmo quando tinha uma outra ocupação. Contribuiu
significativamente para a literatura da sonata (inventou a sonata para
instrumento solo), do concerto italiano e da suíte e abertura francesas, e
promoveu “a afinação temperada (homogénea), em que os intervalos do teclado
deviam ser iguais, sistema que se utiliza ainda hoje nos instrumentos de
teclado”.
Mas os melhores momentos e a maior parte da sua obra foram
dedicados à música sacra.”Bach escreveu cinco coleções de composições sacras
para cada domingo e Dia de Festa do ano”,aproximadamente 300 cantatas, 5
paixões, 2 Magnificats, uma Missa Solene e diversas missas curtas para liturgia
luterana, oratórios bíblicos, 5 Santus, motetos, obras vocais, um vasto
repertório para órgão, tanto sacro como secular e inúmeras peças para teclado e
para orquestra. Uma edição monumental das obras de Bach consiste de 47 volumes,
e ainda se sabe que muitas das suas obras foram perdidas. “Bach aplicou nestes
trabalhos a sua vasta erudição musical, a sua técnica virtuosística e a procura
da perfeição, de tal modo que o resultado final ultrapassou tudo o que antes
fora feito nestes campos”. Ninguém chegou a ultrapassa-lo desde então.
Albert Schweitzer, missionário-médico e músico de destaque,
disse: “Bach foi poeta, e este poeta foi, ao mesmo tempo, um pintor”. Explicou
que na alma de Bach se amalgamavam em proporções infinitamente variáveis, os
dons de poeta, de pintor e de músico. Certamente isto se explica em parte a sua
obra inigualável.
Bach foi feliz chefe de família. Foi pai de 20 filhos, 7 com
sua primeira esposa, Maria Bárbara, e 13 com a segunda, a destacada musicista
Ana Madalena. Onze morreram na infância. Tanto cuidou da educação musical dos
seus filhos, como compôs muito para este fim. Diversos dos seus filhos e netos
lhe seguiram em carreiras brilhantes.
Mas a característica predominante de Bach era sua fé. Disse
Henriqueta Braga: “[Era] o mais excelente ministro de música, para Bach o único
objetivo de toda a música deve ser a glória de Deus e uma recreação agradável”.
Tudo o que Bach fazia, fazia “guiado por suas convicções religiosas, conduzido
pela fé e sempre suplicando a inspiração divina, como atestam as letras J.J.
(Jesu, juva – Jesus, ajuda-me) que caracterizavam os manuscritos de sua
composições autênticas. Ao terminá-las, invariavelmente juntava as iniciais
S.D.G. (Soli Deo Gloria – Somente a Deus Glória).
Em Julho de 1750, alguns dias antes de morrer, Bach [que por
muito tempo sofria dos olhos e havia um ano estado completamente cego]
completou um arranjo para órgão do hino Quando na Hora de Maior Provação, cujo
título, no último instante, mudou para Diante de Teu Trono, ó Deus, mostrando
uma extraordinária coerência entre a música que produziu e a vida que viveu.
O autor do hino original em latim é incerto, apesar de sua
autoria ser atribuída a Bernard de Clairvaux. Bernard era Abade no mosteiro de
Clairvaux e exerceu poderosa influência sobre a igreja. O hino foi traduzido
livremente para o alemão por Paul Gerhardt e para o inglês por James Waddell
Alexander. Um escritor disse:
“O original de Bernard é poderoso e perscrutador, mas o hino
de Gerhardt é ainda mais poderoso e profundo, como que extraído da mais
profunda fonte do evangelismo Luterano, da sabedoria escriturística, e fervor
de fé. Desta forma, este hino clássico expressa em três línguas – latim, alemão
e inglês – e em três confissões de fé – a Romana, A Luterana e a Anglicana – a
confiança do crente no Cristo do Calvário.” – Lyric Religion, pág. 310 (Com
permissão de Fleming H. Revell Co).
A melodia “Passion Chorale” ou Herzlich Thut (O Coral da
Paixão), é uma adaptação da melodia Lustgarten Neuer Teutscher Gesang, composta
por Hans Leo Hassler em Nuremberg, Alemanha, em 1601. Hassler foi o mais
eminente organista dos seus dias, e um compositor de corais.
O “Coral da Paixão” era um dos favoritos de J. S. Bach, que
o usou em cinco diferentes temas na “Paixão Segundo São Mateus” e em temas para
solos de órgão. Parece haver sido um tema de coral muito popular entre os
compositores para órgão, pois, há muitos trechos para os quais esta nobre
melodia serve de base. Ela merece esta honra e se está tornando muito conhecida
nas igrejas americanas.
Este hino é um bom exemplo de melodia secular, mas, que
perdeu todas as suas características de secular e tornou-se sacra através do
uso intensivo com textos sacros, e na forma de prelúdios corais para órgão. O
caráter desta melodia, como a conhecemos hoje é muito diferente, em sua
natureza, da música popular de hoje em dia.
O “Coral da Paixão” ilustra as qualidades encontradas nos
corais alemães do período da Reforma: melodias fortes e vitais, frequente troca
de harmonia, ritmo majestoso e dignificante, e espírito reverente.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório
Musical Adventista
A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como
sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20:8-11; 31:13-17; Ez 20:12, 20), cuja
observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares
(Is 56:1-7; Mc 2:27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da
criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2:2, 3), separando-o
para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos para a humanidade.
Aceitando o convite para deixar de lado seus “próprios interesses” durante o
sábado (Is 58:13), os filhos de Deus observam esse dia como uma importante
expressão da justificação pela fé em Cristo (Hb 4:4-11).
A observância do sábado é enunciada em Isaías 58:13, 14 nos
seguintes termos: “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus
próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo
dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não
pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te
deleitarás no Senhor.” Com base nesses princípios, a Divisão Sul-Americana da
Igreja Adventista do Sétimo Dia reafirma neste documento seu compromisso com a
fidelidade à observância do sábado.
Vida de santificação. A verdadeira observância do sábado se
fundamenta em uma vida santificada pela graça de Cristo (Ez 20:12, 20); pois,
“a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser santos” (O Desejado de
Todas as Nações, p. 283).
Crescimento espiritual. Como “um elo de ouro que nos une a
Deus” (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 352), o sábado provê um contato mais
próximo de Deus. Como tal, não devemos permitir que outras atividades, por mais
nobres que sejam, enfraqueçam nossa comunhão com Deus nesse dia.
Preparação para o sábado. Antes do pôr-do-sol da sexta-feira
(cf. Lv 23:32; Dt 16:6; Ne 13:19), as atividades seculares devem ser
interrompidas (cf. Ne 13:13-22); a casa deve estar limpa e arrumada; as roupas,
lavadas e passadas; os alimentos, devidamente providenciados (cf. Êx 16:22-30);
e os membros da família, já prontos.
Início e término do sábado. O sábado é um dia de especial
comunhão com Deus, e deve ser iniciado e terminado com breves e atrativos
cultos de pôr-do-sol, com a participação dos membros da família. Nessas
ocasiões, é oportuno cantar alguns hinos, ler uma passagem bíblica, seguida de
comentários pertinentes, e expressar gratidão a Deus em oração. (Ver
Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 356-359.)
Pessoas sob nossa influência. O quarto mandamento do
Decálogo orienta que, no sábado, todas as pessoas sob nossa influência devem
ser dispensadas das atividades seculares (Êx 20:10). Isso implica os demais
membros da família, bem como os empregados e hóspedes; que também sejam
estimulados a observar o sábado.
Espírito de comunhão. Como dia por excelência de comunhão
com Deus (Ez 20:12, 20), o sábado deve se caracterizar por um prazeroso e
alegre compromisso com as prioridades espirituais, com momentos especiais de
leitura da Bíblia, oração e, se possível, de contato com a natureza (cf. At
16:13). Esse compromisso deverá ser mantido na escolha dos assuntos abordados
também em nossos diálogos informais com familiares e amigos.
Reuniões da igreja. Somos admoestados a não deixar “de
congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Portanto, as programações
e atividades regulares da igreja aos sábados devem ter precedência sobre outros
compromissos pessoais e sociais, mesmo que estes sejam pertinentes para o
sábado.
Casamentos e festas. O convite para deixar de lado nossos
“próprios interesses” no sábado (Is 58:13) indica que casamentos e festas,
incluindo seus devidos preparativos, devem ser realizados fora desse período
sagrado. Casamentos e algumas festas mais suntuosas não devem ser planejados
para os sábados à noite, pois seus preparativos envolvem expectativas e
atividades não condizentes com o espírito de comunhão com Deus.
Média secular. A média secular, em todas as suas formas,
deve ser deixada de lado durante as horas do sábado, para que este, rompendo com
a rotina da vida, possa ser um dia “deleitoso e santo” (Is 58:13).
Desportos e lazer. Muitas atividades desportivas e de lazer,
aceitáveis durante a semana, não são condizentes com a observância do sábado,
pois desviam a mente das questões espirituais (Is 58:13).
Horas de sono. A Bíblia define o sábado como dia de “repouso
solene” (Êx 31:15), e não como dia de recuperar o sono atrasado da semana.
Ricas bênçãos advirão de levantar cedo no sábado, dedicando esse dia ao serviço
do Senhor. (Ver Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 170.)
Viagens. A realização de viagens por questões de trabalho ou
interesses particulares é imprópria para o sábado. Existem, porém, ocasiões
excepcionais em que se torna necessário viajar no sábado para atender a algum
compromisso religioso ou situações de emergencia. Sempre que possível, os
devidos preparativos, incluindo a compra de passagens e o abastecimento de
combustível, devem ser feitos com a devida antecedência. (Ver Testemunhos Para
a Igreja, v. 6, p. 359, 360.)
Excursões e acampamentos. A realização de excursões e
acampamentos pode promover a socialização cristã (cf. Sl 42:4). Mas seus
organizadores e demais participantes devem chegar ao devido local antes do
início do sábado e montar sua estrutura, incluindo suas barracas, de modo que o
santo dia possa ser observado segundo o mandamento. Além disso, as atividades
durante as horas do sábado devem ser condizentes com o espírito sagrado desse
dia.
Restaurantes e alimentação. A recomendação de que o alimento
deve ser provido com a devida antecedência (Êx 16:4, 5; 22-30) significa que
ele deve ser comprado fora das horas do sábado, e que a frequência a
restaurantes comerciais nesse dia deve ser evitada.
Medicamentos. A compra de medicamentos durante o sábado é
aceitável em situações de emergência (cf. Lc 14:5), e imprópria quando a pessoa
já os necessitava, e acabou postergando sua compra para esse dia.
Estágios e práticas escolares. O quarto mandamento do
Decálogo (Êx 20:8-11) desabona a realização de atividades seculares no sábado,
que gerem lucro ou benefício material. Envolvidos em tais atividades estão os
programas de planeamento e preparo para a vida profissional, incluindo a
frequência às aulas e a participação em estágios, simpósios, seminários e
palestras de cunho profissional, concursos públicos e exames seletivos. Em caso
de confinamento para a prestação de exames após o término do sábado, as horas
desse dia devem ser gastas em atividades espirituais.
Escolha e exercício da profissão. A estrutura da sociedade
em geral nem sempre favorece a observância do sábado, e acaba disponibilizando
profissões e atividades que, embora sejam dignas, dificultam essa prática. Os
adventistas do sétimo dia devem escolher e exercer profissões condizentes com a
devida observância do sábado. Somos advertidos de que, se alguém, “por amor ao
lucro, consente em que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado
pelo sócio incrédulo, esse alguém é tão culpado quanto o incrédulo; e tem o
dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder”
(Evangelismo, p. 245).
Instituições de serviços básicos. A orientação de não fazer
“nenhum trabalho” durante o sábado (Êx 20:10) indica que os observadores do
sábado devem se abster de trabalhar nesse dia, mesmo em instituições seculares
de serviços básicos. Instituições denominacionais que não podem fechar aos
sábados (cf. Jo 5:17), incluindo os internatos adventistas, devem ser operadas
nesse dia por um grupo reduzido e em forma de rodízio.
Atividades médicas e de saúde. Existem situações
emergenciais que os profissionais da saúde devem atender, com base no princípio
de que “é lícito curar no sábado” (Lc 14:3). Os hospitais adventistas
necessitam dos préstimos de uma equipe médica, de enfermagem e de outros
serviços básicos para o funcionamento nas horas do sábado. Mas os plantões
rotineiros, tanto médicos quanto de enfermagem, em hospitais não adventistas,
são impróprios para as horas do sábado. (Ver Ellen G. White Estate, “Conselhos
de Ellen G. White Sobre o Trabalho aos Sábados em Instituições Médicas
Adventistas e Não Adventistas”, em http://www.centrowhite.org.br.)
Projetos assistenciais. Cristo disse que “é licito, nos
sábados, fazer o bem” (Mt 12:12). Isso significa que “toda atividade secular
deve ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estão em
harmonia com o propósito do Senhor. Elas não devem ser limitadas a tempo ou
lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz
honra ao dia de Deus” (Beneficência Social, p. 77). Portanto, é lícito nas
horas sagradas do sábado visitar enfermos, viúvas e órfãos, encarcerados e compartilhar
uma refeição. Ações sociais que podem ser realizadas em outro dia não devem
tomar as sagradas horas do sábado.
Atividades missionárias. O apóstolo Paulo usava o sábado
para persuadir “tanto judeus como gregos” acerca do evangelho (At 18:4, 11; cf.
17:2), demonstrando a importância de se reservar um tempo especial nesse dia
para atividades missionárias. Sempre que possível, os membros da família devem
participar juntos dessas atividades, para desfrutar a socialização cristã e
desenvolver o gosto pelo cumprimento da missão evangelística.
Como adventistas do sétimo dia, somos convidados a seguir o
exemplo de Deus ao descansar no sétimo dia da semana da criação (Gn 2:2-3; Êx
20:8-11; 31:13-17; Hb 4:4-11), de modo que o sábado seja, para cada um de nós,
um sinal exterior da graça de Deus e um canal de Suas incontáveis bênçãos.
O genoma humano constitui a base da unidade fundamental de todos os membros da família humana, assim como do reconhecimento da sua inerente dignidade e diversidade. Em sentido simbólico, é o legado da humanidade.
Artigo 2
Toda a pessoa tem o direito do respeito à sua dignidade e dos seus direitos, independentemente das suas características genéticas.
Essa dignidade torna imperativo que nenhuma pessoa seja reduzida às suas características genéticas e que a sua singularidade e diversidade sejam respeitadas.
Artigo 3
O genoma humano, que por natureza evolui, é sujeito a mutações. Contém potenciais que são expressados diferentemente, de acordo com os ambientes natural e social de cada pessoa, incluindo o seu estado de saúde, as suas condições de vida, a sua nutrição e a sua educação.
Artigo 4
O genoma humano no seu estado natural não deve levar a lucro financeiro.
B. DIREITOS DAS PESSOAS
Artigo 5
Qualquer pesquisa, tratamento ou diagnóstico que afecte o genoma de uma pessoa só será realizado após uma avaliação rigorosa dos riscos e benefícios associados a essa acção e em conformidade com as normas e os princípios legais no país.
Obter-se-á, sempre, o consentimento livre e esclarecido da pessoa. Se essa pessoa não tiver capacidade de autodeterminação, obter-se-á consentimento ou autorização conforme a legislação vigente e com base nos interesses da pessoa.
Respeitar-se-á o direito de cada pessoa de decidir se quer, ou não, ser informada sobre os resultados do exame genético e das suas consequências.
No caso de pesquisa, submeter-‑se-ão, antecipadamente, os protocolos para revisão à luz das normas e directrizes de pesquisa nacionais e internacionais pertinentes.
Se, de acordo com a legislação, a pessoa tiver capacidade de autodeterminação, a pesquisa relativa ao seu genoma só poderá ser realizada em benefício directo da sua saúde, sempre que previamente autorizada e sujeita às condições de protecção estabelecidas na legislação vigente. A pesquisa que não se espera que traga benefício directo à saúde só poderá ser realizada, excepcionalmente, com o maior controlo, expondo a pessoa a risco e ónus mínimos, sempre que essa pesquisa traga benefícios de saúde a outras pessoas na mesma faixa etária ou com a mesma condição genética, dentro das condições estabelecidas na lei, e contanto que essa pesquisa seja compatível com a protecção dos direitos humanos da pessoa.
Artigo 6
Ninguém poderá ser discriminado com base nas suas características genéticas de forma que viole ou tenha o efeito de violar os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a dignidade humana.
Artigo 7
Os dados genéticos relativos a pessoa identificável, armazenados ou processados para efeitos de pesquisa ou qualquer outro propósito de pesquisa, deverão ser mantidos confidenciais nos termos estabelecidos na legislação.
Artigo 8
Toda a pessoa tem direito, em conformidade com as normas de direito nacional e internacional, a reparação justa de qualquer dano havido como resultado directo e efectivo de uma intervenção que afecte o seu genoma.
Artigo 9
Com vista a proteger os direitos humanos e as liberdades fundamentais, qualquer restrição aos princípios de consentimento e confidencialidade só poderá ser estabelecida mediante lei, por razões imperiosas, dentro dos limites estabelecidos no direito público internacional e a convenção internacional de direitos humanos.
C. PESQUISA SOBRE O GENOMA HUMANO
Artigo 10
Nenhuma pesquisa do genoma humano ou das suas aplicações, em especial nos campos da biologia, genética e medicina, deverá prevalecer sobre o respeito aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e à dignidade humana de pessoas ou, quando aplicável, de grupos de pessoas.
Artigo 11
Não é permitida qualquer prática contrária à dignidade humana, como a clonagem reprodutiva de seres humanos. Os Estados e as organizações internacionais pertinentes são convidados a cooperar na identificação dessas práticas e na implementação, em níveis nacional ou internacional, das medidas necessárias para assegurar o respeito aos princípios estabelecidos na presente Declaração.
Artigo 12
Os benefícios resultantes de progresso em biologia, genética e medicina, relacionados com o genoma humano, deverão ser disponibilizados a todos, com as devidas salvaguardas à dignidade e aos direitos humanos de cada pessoa.
A liberdade de pesquisar, necessária ao avanço do conhecimento, é parte da liberdade de pensamento. As aplicações da pesquisa, incluindo as aplicações nos campos de biologia, genética e medicina, relativas ao genoma humano, deverão visar ao alívio do sofrimento e a melhoria da saúde das pessoas e da humanidade como um todo.
D. CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DE ACTIVIDADES CIENTÍFICAS
Artigo 13
Dar-se-á atenção especial às responsabilidades inerentes às actividades dos pesquisadores, incluindo meticulosidade, cautela, honestidade intelectual e integridade na realização de pesquisa, bem como na apresentação e utilização de achados de pesquisa, no âmbito da pesquisa do genoma humano, devido às suas implicações éticas e sociais. As pessoas responsáveis pela elaboração de políticas públicas e privadas no campo das ciências também têm responsabilidade especial nesse respeito.
Artigo 14
Os Estados deverão tomar medidas apropriadas para promover condições intelectuais e materiais favoráveis à liberdade de pesquisar o genoma humano e considerar as implicações éticas, jurídicas, sociais e económicas dessa pesquisa, com base nos princípios estabelecidos na presente Declaração.
Artigo 15
Os Estados deverão tomar as medidas necessárias ao estabelecimento de um ambiente adequado ao livre exercício da pesquisa sobre o genoma humano, respeitando-‑se os princípios estabelecidos na presente Declaração, a fim de salvaguardar os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a dignidade humana e proteger a saúde pública. Os Estados deverão procurar assegurar que os resultados das pesquisas não são utilizados para propósitos não pacíficos.
Artigo 16
Os Estados deverão reconhecer o valor de promover, nos vários níveis, conforme apropriado, o estabelecimento de comités de ética pluralistas, multidisciplinares e independentes, com o propósito de avaliar as questões éticas, legais e sociais levantadas pela pesquisa do genoma humano e das suas aplicações.